sábado, 5 de junho de 2010

Profissão: professor


Este missivista é professor de Geografia.

No início da graduação, lá no ano de 2003, era muito comum ouvir os colegas dizendo "eu não vou dar aula".

Normal. O início da graduação é sempre assim: todos se angustiam sobre o que irão fazer da vida ao findarem os estudos.

Sempre quis a sala de aula. Não sei porquê, mas a arte de transmitir conhecimetos, de formar e influenciar opniões, sempre me fascinou.

Creio que isso tenha nascido a partir da convivência intensa com bons professores, que em sala de aula mexiam com a minha consciência e imaginação.

Era incrível. Ali, provavelmente, nasceu a vontade de fazer o mesmo.

Não tinha objetivos de mudar o mundo, nem nada disso. Apenas queria dar um recado, transmitir coisas novas, enfim, dar utilidade para o conhecimento que adquiri ao longo de anos de graduação e também no decorrer da minha vida.

Hoje, quando conto com mais de quatro anos de carreira como professor profissional, entendo que ensinar é um privilégio. E todo privilégio exige uma enorme responsabilidade.

Nas mãos do professor estão as ferramentas para a transformação de um indíviduo, da sua consciência e da sua percepção do que acontece ao seu redor.

Agarro a profissão com orgulho. Nela me realizo e quero com ela viver os melhores e os piores anos de minha vida.

Pois agarro o ofício por escolha e não falta de opção.


sexta-feira, 4 de junho de 2010

Mais um do Allen


Este missivista admira o trabalho de Woody Allen.

Cineasta experiente, autor, ator e diretor de filmes que hoje são clássicos do cinema mundial, está de volta com mais um novo filme: Tudo pode dar certo.
Depois de três filmes bem sucedidos (Match Point, Scoop e Vick Cristina Barcelona) filmados fora do circuito Hollywoodiano, Allen volta a retratar um personagem no seu pano de fundo predileto: Nova York.

A paranóia de um personagem judeu que se encanta por uma jovem estudante do interior são coisas que vão de encontro ao universo dos personagens de Allen. Nota-se que as convicções existem, são importantes, mas podem ser quebradas pelo movimento de ir e vir da vida que nos pega de surpresa com tragédias e acontecimentos inusitados.

Entre esses acontecimentos, impossível deixar de destacar a aparição de alguém.

O outro nos faz crescer, o outros nos faz duvidar, questionar, evoluir, crescer, diminuir, perder e se encontrar. Nem sempre nessa mesma ordem, mas quase sempre tudo ao mesmo tempo.

Que universo espetacular é a convivência humana. E é ela que dá o tom da obra de Woody Allen e de seu mais novo trabalho.

Recomendadíssimo