segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Tropa 2: a desconstrução


Este missivista assistiu a sequência de Tropa de elite do cineasta José Padilha.

Filmaço!

Com um roteiro certeiro e sequências espetaculares de ação, o filme prende o espectador do começo ao fim.

O Capitão Nascimento, interpretado pelo magnífico Wagner Moura, reaparece 13 anos mais velho e se depara com situações que irão mexer com suas crenças e convicções pessoais.

Se no primeiro filme o capitão acreditava que a única forma de combater a violência era usando a violência, no segundo filme, o foco sai da relação entre polícia e bandidos e se centra na relação entre a corporação policial e o sistema político.

Desse modo, Tropa de elite 2 é um filme que leva a reflexão e a maior percepção sobre o sistema político e o quanto ele é determinante nas políticas de segurança pública.

Destaque seja dado para o elenco que é composto por astros como Dudu Nobre e Seu Jorge, sem falar nos atores do primeiro filme que retornaram para a sequência.

Sem falar na atuação acachapante de Wagner Moura. Sem dúvida, um dos maiores talentos de sua geração.

Tropa de elite 2. Mais do que recomendado pela JorgeLuisPress.


Dilma: agora é a vez da mulher


O dia 31 de outubro de 2010 já entrou prá posteridade.

Talvez, as pessoas comuns, que não percebem o além do óbvio, não se deem conta do que significou a eleição de Dilma Roussef no dia de ontem.

Simplismente foi eleita a quadragésima presidente da história e a primeira mulher a ocupar o cargo máximo da nação.

Dilma e o PT representam um novo projeto de poder a ser implantado no Brasil nos próximos anos. Os petistas pretendem ficar 20 anos no poder e oferecer uma qualidade de vida mais digna para a maioria da população.

A verdade é que o PT gostou de estar no poder. Ficou claro nos palanques o quanto o partido busca uma conversa mais firme com díspares setores da sociedade. Veja o caso de Michel Temer que ontem se tornou vice-presidente do país, liderando um partido que é o oposto das propostas sociais petistas.

Se o PT será o unânime nos próximos quatro anos, com uma forte bancada na câmara dos deputados e no senado, o Brasil hoje carece de uma oposição firme e que aponte propostas reais e alternativas à nação.

Serra e o PSDB conheceram nas urnas uma vertiginosa queda. Uma queda tão brusca, que inclusive ameaça a posição e a grandeza do partido.

É provável que os tucanos tenham uma nova derrota nos próximos meses, com a possível saída de Aécio Neves do partido. Com Aécio irão muitas lideranças tucanas que enxergam nele uma liderança capaz de ameaçar a hegemonia petista no pleito de 2014.

Já José Serra....conhecerá o limbo, o purgatório e até o inferno nos próximos anos. Cercado de pessoas que não confia, Serra será uma figura isolada no ninho tucano paulista que está agora sob a liderança absoluta de Geraldo Alckmin, seu escancarado desafeto político.

Mas, panoramas futuros à parte, é época de comemorar a democracia e acreditar em progressos no amanhã.

Uma mulher chegou à presidência. Que privilégio presenciar isso.