A vida é a arte do encontro embora haja tantos desencontros pela vida
Vinicius de Moraes tinha razão nessa afirmativa tão simples e ao mesmo tempo verdadeira.
Dois amigos se reencontram.
O tempo e o espaço são cruéis: juntos, acabam por tornar longinquo o que um dia foi quase inseparável.
Andando pela rua, um reconhece o outro.
Os dois desacreditam da coincidência. Choram, até.
Quem não os conhece e simplismente passa por ali não entende a cena. Alguns cochicham "xii, dois namoradinhos".
A amizade entre homens é marcado por uma irmandade. É inevitável não se ter um sentimento de alegria e emoção ao reencontrar um amigo, um irmão.
O tempo aponta caminhos, cria barreiras e fortalece distâncias. Mas não consegue, apesar de tudo, vencer as lembranças e a saudade.
Eles conversam:
- Votou na Dilma?
- Votei
- Você sempre foi PT, né?
- É.... mas fui do PC do B
- E o que você acha? Vão melhorar as coisas?
- Meu amigo.... já foi o tempo em que acreditei em mudanças. A mediocridade vem com o tempo.
- Como assim?
- Hoje, já não sei se leio Brecht ou se me esforço prá comprar um Smart Phone....
Um deles olha o relógio. Estende a mão num sinal de pressa e de atraso.
Abre o farol. Um deles atravessa e pede para que o outro entre em contato.
Esperam se encontrar um dia, mesmo que seja pelo acaso dos faróis da vida.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
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