A virtude do perdão é das mais sublimes atitudes que o homem pode ter para com o seu semelhante.
Sempre nos deparamos com situações que nos entristecem e, sobretudo, nos desaniman. Isso decorre do momento em que ganhamos autonomia sobre nossas vidas e nos relacionamos com as pessoas devido a convivência em comum em alguma esfera: escola, trabalho, lazer etc.
Encontramos as mais variadas pessoas. Seres diferente de nós em criação, expectativas e anseios. Mas isso já é normal. Conviver é sinônimo de tolerar. E a tolerância leva a aprendizagem e ao amadurecimento.
Todavia. a convivência é algo bastante complicado. Vejamos o exemplo em casa: convivemos com nossos irmãos que foram criados nas mesmas condições e no mesmo ambiente que nós. E, no entanto, não entramos em atrito com nossos irmãos?
Então, imagine a convivência com pessoas que viveram situações diferentes, realidades e crenças totalmente opostas as nossas?
Ao caminhar na vida encontramos pessoas bacanas e sacanas. Nos comunicamos com todos e, de algum modo, descobrimos quem é quem. E assim podemos nos aproximar e criar laços com alguém.
Contudo, pessoas são falhas. A pessoa pode se esconder por um tempo, mas não por toda a vida. Reisangue, nobre lobo do deserto, em uma de nossas conversas há anos atrás disse algo antalógico: "Cedo ou tarde todos acabam revelando o seu caráter".
Quando faiscam as vaidades e os interesses falam mais alto do que as afinidades, infelizmente, talvez esteja acontecendo o fim de um namoro, um casamento ou uma grande amizade.
É duro aceitar que alguém que esteve durante tantos anos ao nosso lado, de repente, não mais que de repente mude. E, principalmente, nos machuque. Pisoteando toda a história construída junta.
Há duas opções: o rancor ou o perdão.
O rancor se assemelha muito a tomar um veneno esperando que o outro morra. Sempre fica na expectativa de que algo aconteça a pessoa fazendo-a pagar por tudo que sentimos de dor. Porém, no fundo da consciência, não estamos bem conosco mesmos. A dor no peito corrói como um rato em queijo parmesão. Dói bem de leve. Mas mesmo assim....dói!
O perdão é o que de mais nobre pode acontecer. O rancor não vai apagar a dor que sentimos nem secar as lágrimas que já escorreram. O passado já passou. Não volta mais. Remoê-lo só cria uma vítima: nós.
Somos seres apaixonáveis por por sermos únicos. Logo, podemos erguer a cabeça e entender que pessoas falham. Inclusive nós mesmos.
O perdão alivia o coração, eleva a mente e nos traz um sorriso de serenidade e tranquilidade na alma. Pois, com certeza, o ódio jamais será melhor do que a nossa paz.
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